segunda-feira, 28 de novembro de 2011

10 dicas para reduzir o desperdício de comida neste Natal


O período natalino é um momento de comemoração, festas e também de muita comida. Normalmente, as pessoas compram ou cozinham mais comida do que o necessário, aumentando assim o desperdício. No entanto, seguindo algumas dicas simples, é possível evitar que muito alimento seja jogado fora.
Veja algumas dicas para evitar o desperdício de comida neste Natal:
1. Planeje - ao fazer os preparativos para o Natal, planeje bem o quanto de comida realmente vai precisar servir. Tente ser o mais realista possível. O planejamento prévio é importante, pois é muito comum as pessoas prepararem muita comida com medo de não oferecer o suficiente.
2. Faça uma lista - mais do que fazer uma lista de tudo que será necessário, a orientação é se manter firme na lista. Comprometer-se a se manter dentro da lista evita compras feitas por impulso e também extrapolar na compra de apenas um item.
3. Estimule porções pequenas - muito do desperdício de comida acontece por se colocar mais comida no prato do que realmente se pode comer. Para evitar esse tipo de coisa, estimule os convidados a se servirem com porções menores. Isso pode facilmente ser feito ao oferecer pratos e demais utensílios menores. Lembre-se ainda de que, se o convidado não se sentir satisfeito, ele pode sempre repetir.
4. Convidados - outra sugestão é permitir que os convidados para sua ceia de Natal tenham liberdade de se servir. Desta forma, eles podem escolher o quanto querem colocar em seus pratos, reduzindo a quantidade de comida desperdiçada.
5. Cuidado ao conservar os alimentos - inevitavelmente alguma comida vai sobrar. Para evitar o desperdício dessas sobras, tenha cuidado ao conservá-las. As comidas quentes, por exemplo, não devem ficar mais de duas horas expostas. Além disso, ao guardar as sobras, prefira armazenar várias porções em recipientes pequenos a guardar tudo em um mesmo recipiente grande. As porções pequenas estimulam o consumo fácil e rápido.
6. Adubo - considere transformar as sobras em adubo. O processo pode ser relativamente simples e de baixo custo. Além disso, o adubo pode ter ótimo efeito no solo.
7. Reaproveitando alimentos – se transformar as sobras em adubo não for possível, pense em receitas criativas que ajudam a reaproveitar os alimentos. Por exemplo, vegetais e peru podem servir de ingredientes para uma sopa, assim como pães podem se transformar e ser consumidos como croutons.
8. Doe - tudo que foi feito ou comprado em excesso pode ser doado para alguma instituição, alimentando aqueles que precisam e evitando o desperdício. Procure nas proximidades de sua residência instituições que aceitam esse tipo de doação.
9. Programas - apoie programas que reaproveitam alimentos. Procure na sua cidade instituições que trabalham com reaproveitamento de comidas.
10. Presenteando com alimentos - pense com cuidado antes de presentear amigos ou familiares com alimentos. Não há nada de errado em presentear assim, mas, para evitar desperdício, veja com cuidado que tipo de alimento o presenteado gosta e tente sempre escolher aqueles alimentos que duram mais. Chocolate, café e chás são boas opções.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O BE-Á-BÁ DA CARNE!

Especialistas e chefs indicam quais cortes são os mais indicados para cada tipo de prato.


Quando você chega no açougue ou no supermercado para comprar carne, as dúvidas começam: qual é a melhor opção para fazer um picadinho? E para um ensopado com batatas? E, ainda: quais pratos podem ser feitos com acém, peixinho e bisteca? Para acabar com estas dúvidas, foram entrevistados chefs de cozinha com dicas para os amantes da gastronomia. Afinal qual é o corte certo para cada prato?
Existem dois tipos de carnes. As de primeira, que ficam na parte traseira do boi, e que são as mais macias e nobres, como o filé mignon e a alcatra. E as carnes de segunda, mais duras, localizadas na frente do boi. O segredo é usar o pedaço certo em cada receita.
Fique de olho
Antes de comprar a carne fique de olho na consistência. Ela deve ser firme, brilhante, compacta e vermelha. A gordura não pode ser amarela. Isso é sinônimo de carne dura.

AS RECEITAS MAIS ADEQUADAS PARA CADA CORTE:

- ACÉM
Indicado para cozidos, assados e refogados. É uma outra opção para carne moída. Mas jamais para bife!



- ALCATRA
Da peça inteira são retirados: a maminha (para churrasco), a picanha e o miolo (que é, depois do filé mignon, a melhor opção para um bife macio, ou para estrogonofe).



- BISTECA
Também conhecida como chuleta, é bem saborosa. Ótima para fazer para fazer grelhar uma carne ao vinho, na panela. Ou na frigideira, frita.



- CHÃ
A chã, ou coxão mole, é indicada também para a carne moída. A chã de dentro serve para fazer um bife acebolado, mas não para um bife à parmegiana, por exemplo. Já a chã de fora, mais dura, é ótima para fazer carne assada ou um ensopadinho com batatas.



- CONTRAFILÉ
É o filé do lombo. Boa para um bife à cavalo (com ovo frito). Não é indicado fazer bife à milanesa com ele, porque, como tem muitas fibras, retrai e fica duríssimo.




- LAGARTO
Pode ser feita para dois pratos diferentes. O lagarto plano é bom para a carne assada, mas deve ser bem passado e pode ganhar recheios de farofa, cenoura ou lingüiça. Já o lagarto redondo é excelente para o carpaccio.




- MÚSCULO
Ótimo para sopas e molho para macarronada.





- PATINHO
A melhor opção para a carne moída. Também fica deliciosa quando preparada para o picadinho, o bife a role e o bife de panela.




- 
A segunda melhor opção para carne moída.





- PEIXINHO
Também conhecido como coió, é localizado no braço do boi. Pode ser assado, usado como carne recheada ou até mesmo em escalopes ao molho madeira.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conheça o processo de fabricação do panetone.

Conta a lenda que o panetone nasceu em Milão, Itália, no século 16. Segundo a versão mais romântica sobre a criação desta iguaria natalina, o inventor da receita teria sido um jovem padeiro apaixonado pela filha do chefe. Após desenvolver o novo pão doce para impressionar o pai da moça, ele teria feito uma homenagem ao patrão, e futuro sogro, dando o nome dele, Toni, para o produto, que ficou conhecido como Pão do Toni.

A palavra panetone encontra raízes em outros termos do dialeto milanês da época, como panattón, cujo significado é sugerido pelos estudiosos como pão de luxo, pão tonificante ou mesmo pão grande. Porém, segundo Gentil Mendonça, chef executivo da Nestlé, a versão mais romântica sobre o batismo do pão é a mais aceita na Europa.

Do século 16 até aqui, o panetone se espalhou pelo mundo e ganhou novas versões com diferentes recheios e coberturas. A massa, no entanto, mesmo quando preparada em escala industrial, segue a receita tradicional italiana.

A primeira etapa de fabricação do panetone é o cultivo da massa mãe ou massa madre, como explica o chef Gentil. Ela é composta por leveduras, conhecidas como fermento biológico, água e farinha. As leveduras são as responsáveis por fazer a massa do panetone crescer e ganhar umidade. Como elas são organismos vivos, precisam ser alimentadas para que sobrevivam e a massa mãe é o seu ambiente de vida, onde se alimentam da farinha e dos açúcares posteriormente adicionados à mistura.

"A massa mãe não acaba, você apenas tira parte dela e vai alimentando o restante com farinha, assim ela segue se multiplicando. Por isso o panetone ano a ano tem sempre o mesmo sabor", esclarece o chef Gentil. Ele ressalta que enquanto a massa mãe existir a textura, o aroma, o sabor e a cor dos panetones produzidos por aquela fábrica serão anualmente iguais. O chef também comenta que existem massas mãe no Brasil sendo cultivadas há cerca de 20 anos. "Desde que você consiga mantê-la viva, você pode usá-la indefinidamente", menciona.
Os demais ingredientes que compõem o panetone, como açúcar, gemas de ovos, manteiga, frutas ou chocolate e algum destilado, são somados à mistura na segunda etapa de produção. Além do tamanho, a cor da massa também é determinada pela ação do fermento biológico. A quantidade de açúcares que as leveduras consomem durante seu processo de multiplicação influencia diretamente a cor da parte interna do panetone.

O chef Gentil Mendonça conta que a massa passa por dois ciclos de fermentação antes de estar no ponto. Este processo, que segue a forma artesanal de preparo do pão, garante uma fermentação lenta e natural, demorando cerca de um dia para se completar.

Sovar a massa é outro item indispensável na fabricação da iguaria natalina. Se a massa não for trabalhada devidamente, o panetone pode acabar murchando ao ser tirado do forno, como muitas vezes acontece com quem se aventura em preparar a receita em casa. "O trigo é formado por glúten e quando você sova a massa, essa rede responsável por segurar o gás dentro do pão vai se fortificando", explica Gentil.

Ele salienta que sovar a massa para que ela retenha os subprodutos da ação do fermento, gás carbônico e álcool, também é fundamental para conferir a umidade característica da massa do panetone. "Você tem de trabalhar bem a massa, ela tem de estar bem sovada para que as leveduras possam fermentar e a massa sustente o gás dentro de si. E, consequentemente, aliada à temperatura adequada do forno, você consegue ter um panetone que conserva a umidade e isso faz ele ficar macio", comenta o chef.
Nem o álcool que é liberado na massa pelo fermento, nem aquele que é acrescido conforme a receita conferem teor alcóolico ao pão porque evaporam durante o processo de feitura da massa. Muitas receitas de panetone pedem que algum tipo de destilado seja misturado aos demais ingredientes, pois acabam incrementando o gosto do panetone com um sabor frutado.

"O álcool evapora e deixa na massa apenas o sabor das frutas com as quais foi feito. Hoje no mercado se utiliza essência e não o destilado em si. Mas em casa, de forma artesanal, qualquer destilado que você usar, como vodca, rum, conhaque ou até cachaça, vai dar uma diferenciação no sabor e o gosto deste destilado vai aparecer em algum momento", menciona o chef Gentil Mendonça.

Ao todo, seguindo um modo artesanal de preparação, o panetone demora entre 40 e 48 horas para ficar pronto. O chef executivo da Nestlé comenta que é característico deste tipo de pão que ele desprenda em camadas, como o bacalhau, ao ser cortado. "A massa vai se destacando como cebola, ela tem camadas e camadas. Isso te indicada que o panetone foi feito de forma artesanal", explica o chef.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Prato a Cara do Brasil!

o Brasil, em suas proporções continentais, possui uma culinária tão rica que é impossível definir um prato como sendo seu símbolo (apesar de que a feijoada tem ocupada esse espaço há muito tempo). Adoro, como já compartilhei aqui muitas vezes, pesquisar sobre os pratos e ingrediente regionais e sempre me surpreendo com a variedade de receitas populares que migram entre os estados e traduzem a história e a realidade de muitos dos nossos muitos povos.
Mas, pensando bem, há uma combinação que pode ser encontrada em qualquer região do país, em qualquer época do ano, com poucas variantes. O prato feito, PF, prato comercial, trivial etc. poderia ser considerado, sim, o nosso prato típico nacional. Arroz, feijão, às vezes macarrão, carne (bife, frango ou peixe), salada de verdura e tomate e batata frita é provavelmente a refeição mais pedida diariamente nos restaurantes e bares Brasil afora. O prato do dia seria uma tentativa de diversificar e equilibrar a dieta.
Os preços baixos dessa refeições reforçam seu caráter popular. Só para dar um exemplo, é possível encontrar PFs de 5 a 13 reais em restaurantes simples mas nem tão modestos no litoral entre São Paulo e Rio de Janeiro, um dos mais valorizados da nossa costa. Nada mal para uma refeição que nos provê de todos os principais grupos alimentares e em uma quantidade que nos dá energia para um dia inteiro de trabalho.
Ah, e há outro detalhe importante: por ser o prato mais consumido, a exigência é grande. Arroz soltinho, feijão saboroso, carne no ponto. Coisa que todo cozinheiro brasileiro sabe fazer com a escumadeira nas costas.

Fonte:CarlaPernambuco

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Comida Nordestina e Gastronomia do Norte tem Sabores Apimentados!


O Nordeste tem uma das culinárias mais apimentadas e temperadas do Brasil. A comida nordestina é tão forte que você precisa degustar bem devagar. Porém por ser uma região muito vasta não podemos resumir esta grande diversidade de sabores e pratos como regão única, então é melhor separá-la por estados. A comida do norte como a do estado da Bahia, tem grandes influências africanas com temperos fortes como o azeite de dendê, leite de coco, gengibre, pimenta de várias qualidades, os pratos típicos são acarajé, mocotó, carne de sol assada, diversos tipo de moquecas, muganga, sarapatel, caruru, bobó, aberém, acaçá, vatapá entre outros. No Sergipe os pratos típico são baseados em frutos do mar, carne de sol e milho, como o arroz de leite, carne seca com jerimum, casquinha de caranguejo, paçoca, sururu, tripas a sergipana e unhas de caranguejo, pamonha, canjica, cuscuz, bolo de milho e etc.

 Em Alagoas ocorreu um misto de comidas nordestina com a africana, indígena e européia, muito diversificada, em especial quando é de frutos do mar, a feijoada de peru é muito tradicional no dia seguinte do Natal e os Filhós no Carnaval. Veja alguns pratos: bolo de milho verde, imbuzada, massa puba, pudim de tapioca, baião de dois, arroz de coco, sururu de capote, pituzada, arrumadinho de feijão e outros. A culinária pernambucana sofreu influências indígenas, africanas e portuguesas, os pratos salagados são buchada de bode, caldeirada, carne a brejeira, escondidinho, quibebe, pernil de cabrito assado, jabá com jerimum; nos doces o bolo de frutas, de macaxeira, o de pé-de-moleque são os mais populares da gastronomia pernambucana. A comida da Paraíba é bem parecida com a dos outros estados citados onde se encontra muitos tipo de moquecas, como moquecas de camarão, de peixes entre outras, paçocas,lagosta ao alho e óleo, peixada com legumes e pirão, bolo de fubá e muito mais. No Rio Grande do Norte nota-se uma grande mistura de pratos, temperos e sabores, como frutos do mar, os peixes miúdos como, cangulo, sanhoá, biquara, carapeba e os pescados mais nobres como: camarão, lagosta, arabaiana, cioba, cavala, bicuda, garoupa; fazem parte também da culinária a galinha caipira, galinha à cabidela, frutas regionais como: manga, mamão, abacaxi, banana, caju, cajá, mangaba, maracujá; bolos de carimã e de macaxeira, pé-de-moleque, canjica, pamonha, cuscuz, grude e ginga com tapioca, queijo de coalho e de manteiga. A cozinha cearense é uma cozinha bastante tropical e exótica, comidas a base da fruta símbolo do estado, o caju, caju cristalizado, cuscuz, mousse de caju, pão de caju, pudim de caju, carne básica de caju, fritada de caju com camarão, galinha de cabidela, paçoca, peixada cearense, bolo de milho. Um pouco diferente das demais gastronomias do nordeste a culinária piauiense é baseada em larga utilização de cheiros verdes cebolinha branca de Picos, da pimenta-de-cheiro e do corante natural extraído do urucum, farinha de mandioca (farinha branca e farinha d'água) para a confecção ou complementação de pratos, ovos, torresmo, e famosos são os fritos de galinha caipira e de capote (galinha d'Angola) e de caças variadas; doces de caju, de manga, de goiaba, de mangaba, de buriti, de bacuri, de groselha, de casca de laranja da terra. A mistura de feijão com milho, que deve ter toucinho, pé e orelha de porco. É o chamado "Pintado" ou "Mucunzá", e come-se de preferência com frito de porco. Já no Maranhão dos portugueses foram herdados os ensopados, guisados e os cozidos, aos quais foram acrescidos quiabo, jerimum, batata-doce, cará , inhame, mandioca e outros componentes conhecidos por negros e índios, que dão sabor e cor especiais à comida. Peixes, camarões, moluscos e mariscos são o forte da culinária e podem ser servidos de diversas formas. Como acompanhamento é servido o arroz de cuxá preparado com camarão seco, gergelim torrado e vinagreira, entre outros ingredientes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Carne de coelho garante pratos saborosos e saudáveis!





Macia, saborosa e rica em proteína: com essas definições você já imagina uma suculenta picanha. Pode até ser, mas esses adjetivos combinam ainda mais com a carne de coelho. Famosa e muito consumida na França e Espanha, a carne de coelho não faz parte do dia a dia dos brasileiros. Prova disso é o consumo por habitante. Enquanto a carne bovina e o consumo de aves chegam a cerca de 40kg por habitante ao ano (cada uma) - seguidas da carne suína (13kg), a quantidade de carne de coelho consumida é de aproximadamente 100g por habitante a cada ano.

Segundo o presidente da Associação Científica Brasileira de Cunicultura, Luiz Carlos Machado, os brasileiros ainda não conhecem o sabor e os benefícios da carne de coelho. “Não faz parte da nossa cultura esse tipo de alimento. É comum ouvirmos as pessoas dizerem que é um bichinho muito bonito, que não dá para consumi-lo”, explica.

Essa dificuldade deve-se ao pouco conhecimento sobre este alimento. No final da década de 80, a cunicultura no Brasil teve um grande destaque – os rebanhos chegaram perto de 1 milhão de coelhos. Hoje temos cerca de 300 mil animais distribuídos, em sua maior parte, no Centro-Sul do país. “A carne de coelho ainda não foi descoberta – essa é a dificuldade do setor crescer aqui. Depois que as pessoas experimentam, não há dúvidas sobre a qualidade e os benefícios”, afirma Machado.

Entre os principais benefícios da carne de coelho estão: grande quantidade de proteína, excelente valor biológico que garante uma boa digestão, sabor leve (semelhante a carne de frango), baixo teor de gordura e de colesterol, e grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados, que protegem o coração e fortalecem o sistema imunológico.

Para que a carne de coelho seja de boa qualidade e se apresente em boas condições e com um bom aspecto, o animal deve ser abatido para consumo quando apresentar um aspecto geral adequado, ou seja, que esteja  sadio, forte e apresente boa aparência.

Para garantir a qualidade da carne é preciso estar atento aos cuidados com o coelho. “Eles precisam ter uma alimentação balanceada e de qualidade, por isso trabalhamos com a pré-seleção e análise de cada ingrediente: com formulação adequada de fibra, energia, vitaminas, aminoácidos e outros nutrientes”, destaca Érika Miklos, gerente de produtos da Evialis. Uma ração de qualidade previne problemas digestivos que podem prejudicar o abate animal e consequentemente um bom rendimento de carne ao produtor.

Pequenas alterações na fibra, por exemplo, podem causar desordens digestivas muito prejudiciais aos coelhos.  A utilização da proteína não é somente influenciada pela digestibilidade e correta utilização de aminoácidos, mas também deve-se levar em conta a relação entre proteína e energia para se garantir o correto desenvolvimento do animal e deposição de carne.

Mercado restrito

No Brasil, a falta de frigoríficos abatedouros torna a atividade de abate ilegal em muitas regiões. “Hoje temos abatedouros em poucos estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Para os produtores serem competitivos no preço, eles precisam que o local de abate seja próximo ao local da produção. Como temos essa dificuldade, os custos com transporte ficam altíssimos, inviabilizando a produção. A partir disso, alguns cunicultores abatem sem quaisquer fiscalização”, declara Machado completando “Estamos trabalhando na articulação do setor para maior profissionalização e divulgação dessa importante fonte de proteína animal.

O estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul são hoje os principais pontos em potencial para o mercado de cunicultura. “Ainda temos um consumo muito elitizado – influenciado pelo aspecto cultural e acesso de informações. Nosso objetivo é disseminar esse assunto e aumentar a nossa participação no mercado nacional com a aceitação da carne do coelho na mesa dos brasileiros”, finaliza.
Fonte:Gastronomiaenegocios

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como Guardar e Conservar Embutidos.

presunto, mortadela, linguiça, salsicha e verduras
Shutterstock
Alimentos embutidos são todos aqueles derivados de carne e gorduras trituradas envolvidos dentro de uma tripa, de origem animal ou artificial. O início da produção desses alimentos é antiga, remonta aos tempos em que não havia formas de refrigeração e o processo era feito para conservar as carnes frescas.
A principal característica dos embutidos é o sabor acentuado por causa da adição de temperos e sal. De acordo com Ricardo Maciel, gerente comercial de frios do Grupo Pão de Açúcar, além de conferir sabor, eles têm a função de conservar e ajudar a manter o alimento sadio do ponto de vista de segurança microbiológica.
Ana Carolina Chaves, professora da área de tecnologia de alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), comenta que não há uma regra única sobre como conservar estes produtos, já que a categoria embutidos relaciona alimentos crus, como salame, cozidos, como salsicha, e defumados, como o chouriço.
Ela afirma que alimentos cozidos e defumados, a exemplo da linguiça paio, podem ser mantidos em temperatura ambiente porque já receberam tratamento térmico e contém pouca água em sua formação. Mas sempre é preciso estar atento às informações sobre conservação e prazo de validade na embalagem.
A mortadela é outro produto que antes de ser aberto pode ser mantido fora da geladeira. "Em se tratando de embutidos como salames e mortadelas, o consumidor pode guardá-los fora da geladeira quando o clima é bem frio. Já os presuntos crus, que são produtos curados, devem sempre ficar em geladeira", explica o gerente do Grupo Pão de Açúcar.
presuntos, salames, linguiças e salsichas
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A professora Ana Carolina ressalta que é vantajoso guardar sob refrigeração mesmo os embutidos que se conservam bem em temperatura ambiente. Ricardo Maciel aconselha que eles sejam armazenados no refrigerador, de preferência embalados em papel filme para que conservem sua umidade natural.
Mesmo sendo mais resistentes, quando não respeitados os cuidados de armazenamento explicitados nas embalagens, os alimentos embutidos podem acabar estragando ou sofrendo alterações por causa do ataque de fungos, bactérias e demais agentes patogênicos externos, que entram em contato com o alimento através do ar. Esses são os causadores da infecção alimentar.
Os embutidos podem durar até três meses quando armazenados na embalagem original de fábrica, dentro da geladeira. "Fora da embalagem original, tomando as devidas precauções e conservando-os em geladeira, duram aproximadamente trinta dias. Sempre embalados em plásticos, usando recipientes que vedam bem", ressalta Ricardo Maciel.
Embora alguns produtos possam ser congelados, o gerente do Grupo Pão de Açúcar não indica esta técnica de conservação. "Não é indicado congelar, pois pode haver quebra das fibras devido ao congelamento das moléculas de água", observa.
A professora da UFSC lembra que ao guardar estes produtos na geladeira é preciso mantê-los em potes bem fechados, pois eles podem desprender odores, principalmente os defumados, e passar seu cheiro característico para outros alimentos.
alimentos embutidos fatiados
Shutterstock
Ricardo Maciel destaca que os produtos fatiados têm tempo de vida mais curto e, por isso, quando a embalagem original é aberta eles precisam ser consumidos no prazo de um ou dois dias. Depois disso, começam a perder suas características de sabor e textura. "Do ponto de vista da saúde alimentar, podem durar até uma semana na geladeira, mas eles ressecam um pouco", completa Ricardo.
Ana Carolina Chaves recomenda que o consumidor peça que as fatias sejam cortadas na hora ao invés de levar para a casa produtos que já estavam embalados. Ela lembra que muitas vezes os postos de venda colocam na embalagem de fatiados o mesmo prazo de validade do produto inteiro, o que não seria a prática mais adequada. "Sempre que se fatia a vida do produto encurta", menciona.
No caso do presunto, quando comprado em peça, um plástico multicapa protege o produto fora da geladeira por mais tempo. Ao abrir a embalagem, é necessário guardá-lo em um plástico para manter sua umidade. Salames fatiados tendem a durar mais do que o presunto e mortadela porque têm menor umidade. Mesmo assim, o consumo desses fatiados deve ser feito entre três e cinco dias após a compra.
Fonte:Uol

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Gastronomia Catarinense.

A gastronomia catarinense é diversificada, graças à influência dos vários povos europeus que se estabeleceram em diferentes regiões do Estado. Destacam-se os sabores da cozinha portuguesa, germânica e italiana, enriquecidos por ingredientes e temperos emprestados dos indígenas e africanos.

O roteiro gastronômico catarinense acompanha a saga da colonização. A culinária do litoral, porta de entrada dos descobridores portugueses e dos colonizadores açorianos, é baseada em frutos do mar. No Caminho dos Príncipes e no Vale Europeu – núcleos alemães – o pescado sai de cena e a carne suína protagoniza iguarias com temperos picantes e sabor forte regadas à cerveja. Maior leva de imigrantes, os italianos se espalharam pelo Estado. Suas acolhedoras cantinas típicas estão presentes em todas as regiões.

Luso-açoriana


Em Santa Catarina, os portugueses e açorianos aprenderam a selecionar o melhor do mar, acrescentando temperos indígenas, a mandioca e outros ingredientes da terra, criando receitas simples e saborosas à base de peixe, ostras, camarões e outros frutos do mar. A atual cozinha luso-açoriana é uma releitura sofisticada daquela praticada pelos colonizadores, revelando maior cuidado na preparação e na apresentação dos pratos, acrescentando novos temperos e permitindo combinações inovadoras.

Atualmente, ganharam destaque as ostras produzidas em fazendas marinhas na região da Grande Florianópolis – a capital catarinense é a maior produtora nacional – e o camarão “Laguna”, a mais saborosa das espécies capturadas na costa catarinense. Em Itajaí e São Francisco do Sul, cidades pesqueiras e portuárias, os pratos típicos são mais fiéis à gastronomia portuguesa tradicional. Mas, nos restaurantes de chão batido em toda a costa, é possível encontrar um bom peixe fresco frito com pirão de farinha de mandioca.

Italiana


Sopa de agnolini, lasanha, tortéi, polenta, radici, pão caseiro, salame, queijo colonial, frango à passarinho, galinha caipira ao molho, codornas... Os pratos da cozinha italiana são servidos em cantinas espalhadas por todo o Estado – atualmente, quase metade da população catarinense é descendente de italianos. Mas vale a pena enveredar pelos caminhos coloniais que levam às comunidades tradicionais do interior rural, onde os costumes dos pioneiros ainda fazem parte do cotidiano e os sabores são mais autênticos.


Alemã


Chucrute com vina, kassler (chuleta de porco), eisben (joelho de porco), bockwurst (salsicha) são alguns dos pratos incorporados ao cotidiano das cidades de colonização germânica. O mit rotkohl (marreco com repolho roxo) já é uma adaptação com ingredientes nativos das terras brasileiras. Destaque para as confeitarias alemãs, um verdadeiro paraíso de delícias, doces e salgadas – uma das mais conhecidas é o Appfelstrudel, folhado de maçã, mas as cucas e empadas também valem a pena, assim como os muitos outros produtos coloniais, com destaque para as geléias e embutidos artesanais.


Outros Sabores


Os descendentes de eslavos – poloneses e ucranianos –, que se instalaram principalmente na região Norte, mantêm viva sua culinária forte e exótica, repleta de nomes difíceis, cheiros e sabores peculiares. Destacam-se a torta salgada de requeijão, a salada de repolho roxo, as maçãs recheadas, sopa de batatas com leite, pastéis de batata e requeijão. O condimentado goulasch – cozido de carne bovina com verdura – é a contribuição húngara. Os holandeses trouxeram a tecnologia do processamento de laticínios – leite, iogurte e queijos –, gerando indústrias conhecidas em todo o Estado. O mesmo se deu com os tiroleses da encantadora Treze Tílias, no Meio Oeste, famosos também pelos deliciosos chocolates caseiros. Por fim, nas estâncias serranas, a culinária revela a influência dos tropeiros e gaúchos que se instalaram na região. No cardápio, simples e farto, feijão tropeiro, arroz de carreteiro – preparados em fogão à lenha – churrasco e chimarrão, além do pinhão – fruto das Araucárias que caracterizam a paisagem da região.

Fontes:http://www.tudook.com/receitasbrasileiras/culinaria_catarinense.html